segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Dinâmica da cadeira vazia. Muita emoção...



Reunião do Grupo de Apoio a Adoção Laços de Ternura de 24 de outubro.

Mais uma vez, tudo muito bom. Uma dinâmica de grupo que serviu como impacto para algo que jamais tínhamos pensado: o que diríamos ao nosso filho que acabou de chegar. Como era voluntário subir no palco para falar sussurrei para meu marido: “Vamos?” e ele respondeu apenas com um sorriso.
Sentamos de frente com um dos bonecos e a conversa foi mais ou menos assim...

Eu: “Sabe, um dia disseram que nós íamos adotar uma criança. Mas a gente sempre soube que não era isso. Nós estávamos esperando um filho, esperávamos por você. E não importava se ia ser beijinho ou brigadeiro, porque o que importava era só você pra ser o doce da nossa vida, o nosso doce.
A mamãe não pode te prometer que todo dia vai ser um bom dia. Mas pode prometer que eu e o papai vamos fazer de tudo para que todos os seus dias sejam ótimos. E queria dizer que mesmo antes de te conhecer, nós já te amávamos, mesmo sem saber como seria seu tamanho, sua cor, seu cabelo, seu sorriso, sua voz. A gente já amava porque sabia que em algum lugar tinha um filho esperando um papai e uma mamãe com muita vontade de fazer ele feliz.
E que enquanto você quiser, independente da sua idade, você sempre vai ter muitos beijos, abraços e cheiros cheios de amor.”

Meu marido: “Oi, filho(a). Que bom que você chegou. Nós te esperamos muito, muito mesmo. E saiba que estamos muitos felizes de estar junto de você.
O papai tem um monte de presentes te esperando, mas nem todos vai poder segurar nas mãos. Muitos dos presentes você vai viver e guardar na lembrança e no coração. Você vai conhecer muitos parques, museus, teatros, bibliotecas. O papai vai te levar em muitas exposições, vai te ensinar a andar de bicicleta, colecionar figurinhas. Vou te ensinar a ajudar o próximo e fazer de todo dia um grande dia, porque a única pessoa que pode estragar seu dia é você mesmo. Quero que você aprenda que ser feliz é a gente que decide assim que acorda. E no que depender do papai e da mamãe, você vai ter muitas manhãs felizes.
E saiba que também vai conhecer um monte de vovôs e vovós, titios e titias que te esperaram tanto quanto a gente, pra te encher de amor e carinho todos os dias.
Só tenha paciência, porque assim como a gente quer te ensinar a ser um filho muito amado, você vai ter que nos ensinar como ser um bom papai e uma boa mamãe.
Bem vindo!”

Abraçamos e beijamos a boneca de pano a nossa frente, como se fosse o momento tão esperado: o de ter nosso amado filho (ou filha!) em nossos braços. E nos braços de todos vovôs e vovós, titios e titias...
Se chorei? Muito. E tremi muito também. Porque pensei: “Se já foi uma enxurrada de emoção nessa representação, imagina no dia do nosso ‘parto’?”.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Boa leitura.

Amo ler. Fato.
Me sustentar de livro não é fácil, mas fazer o quê? Gosto de ler praticamente tudo. Só não sou lá muito fã de fantasia, mas se o escritor for bom, leio também. E me desligo do mundo. Se for uma história, vejo personagens na minha cabeça, sinto o cheiro do perfume, o calor do ambiente... Viajo fácil. Se for uma biografia, como as que li ultimamente, penso nos detalhes que não sabia da vida daquela pessoa e assim vai.
Tudo bem que no momento meu foco é outro. Li o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) umas duas vezes nos últimos tempos. Blogs e matérias sobre o assunto. Muita informação boa. Muita informação desencontrada. Então, vou filtrando, anotando as dúvidas pra depois tirar nas reuniões do Grupo de Apoio a Adoção Laços de Ternura.
E olha uma coisa super legal que o grupo oferece: livros sobre o tema!!! A gente pega emprestado, lê e depois devolve. Se não der tempo de ler tudo em um mês, é só pedir pra marcar o mesmo livro de novo. Achei o máximo, porque nada melhor do que uma indicação de quem conhece o assunto.
O desse mês ganhou um lugar especial no meu coração. Uma leitura simples e cheia de amor que me prendeu. Em duas horas, já tinha lido praticamente metade. Mais duas e o livro foi inteiro pra dentro de mim. Uma boa leitura que fez diminuir minha ansiedade e tirar outras dúvidas que eu tinha.
Como diria uma conhecida minha: "SUPER INDICO!". Rs...