quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Gestação afetiva, chocolates e crises de ansiedade.

Sim, eu sei. Acho que a última postagem foi quando? Em Julho? Isso mesmo, Julho. Tempinho já...
De lá pra cá, o grupo de apoio teve um recesso pelas férias e comemorações de aniversário de 15 anos do grupo. Não comemoramos junto com eles. Agosto foi um mês que parecia não ter mais fim, passei 90 dias presa nele. Em compensação, 1º de Setembro foi ontem. (Rs...)


Nesse meio tempo, descobri que tenho algumas crises de ansiedade. Algo que sinceramente, acreditei que não iria acontecer comigo. Foi difícil perceber o que estava acontecendo e acabei transferindo para outras situações do dia-a-dia, acreditando que o problema era todo o resto e não essa espera.
Acompanhar uma gestação biológica deve ser maravilhoso. O corpo muda, sente-se a criança mexendo dentro de seu ventre, compra enxoval, prepara o quarto e, se tudo estiver dentro da normalidade, em nove meses o pequeno anjo estará em seus braços. É uma perfeição só!
A gestação afetiva é deliciosa também... Seu corpo não muda, mas seu coração se despedaça a cada dia. Você não sente seu ventre mexer, mas suas ideias e ideais mudam completamente. Você não pode comprar enxoval porque não sabe de que tamanho seu filhinho vai chegar. Não pode montar um quarto para não sofrer da "síndrome do quarto vazio" afinal, não são apenas nove meses de espera. E sonha com um sorriso que não sabe quando vai chegar.
Então, você tenta acreditar que está super preparada para a espera e se vê em mil pedaços e palpites: porque o sistema é burocrático, porque você devia ter ido buscar no meio do sertão, porque essa espera é insana... e por aí vai. Não que você desacredite na espera, que se faz necessária, mas começa a sentir o peito apertar e doer ("Estou infartando!"), a cabeça passa a latejar o dia inteiro por muitos dias, uma angústia que parece não ter fim, um choro que aparece toda hora.
Acreditem: ainda estou passando (e me adaptando) a tudo isso. Pura verdade.
Um choro dolorido e sem motivo. O gatilho? Qualquer coisa. Até comercial de família feliz passando margarina no pão. Uma mãe com um menininho engraçadinho no ônibus. Uma decisão que parece complicadíssima (e não é) no trabalho. A blusa que  não está onde você deixou (e depois você encontra ela lá). Complicado, choro por tudo. E por nada também.
Esses dias, três ou quatro pessoas próximas foram vítimas dessas crises. Uma delas, é claro, meu marido. No meio de uma tarde de trabalho, mandei uma mensagem desesperada pra ele: ME TIRA DAQUI!!! Agora dou risada da situação, mas no dia, enquanto trocavámos mensagens (eu pedindo desesperadamente para que ele me tirasse da empresa e ele tentando me acalmar), não sabia o que pensar. Sentia o peito apertado e um choro desesperado tomava conta de mim. Ele me ligou, disse que tudo ficaria bem e que se quisesse, ele iria me buscar. Passou do mesmo jeito que começou e logo estava mais calma. Terminei o dia de trabalho mais calma, mas não livre de uma dor de cabeça insana.
Onde ficam os chocolates? Na parte em que preciso cuidar da minha saúde para ser uma mãe mais ágil e preparada, ter uma boa alimentação para servir de exemplo para o nosso furacãozinho. Mas vivo me trapaceando, já que no meio das crises o chocolate é o que me traz alguma sensação de satisfação e calma. Olha uma reportagem legal que achei no www.bemdesaude.com:

"Uma das grandes razões que fazem o chocolate ser tão consumido, é que ele, entre outras coisas aumenta a produção de serotonina, é uma substância do cérebro ligada à sensação de prazer e, com isso, alivia a depressão e a ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina, as calorias elevam os teores de endorfinas, o que explica a tal sensação de prazer citada por absolutamente todos os consumidores de chocolate.
A serotonina acalma e as endorfinas melhoram o humor. Outros tipos de doce, segundo as pessoas que devoram chocolate, não oferecem o mesmo tipo de "alívio"."

Pois então é isso... E peço a gentileza de quem me pegar chorando por aí, apenas me oferecer um chocolate!




 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Esperando você...

Quem me conhece há um tempo sabe o quanto sempre gostei de escrever. Certo que antigamente produzia muito mais textos e poemas do que hoje em dia, afinal o dia-a-dia me faz ter a cabeça em mil outras coisas e falta um pouco de tempo para fazer com que as palavras se encaixem como antes.
Mas, tem aqueles momentos em que elas aparecem na minha cabeça com uma certa sonoridade e tenho que rabiscar logo, mudar aqui, pensar ali. No final, uma humilde homenagem ao momento em que eu e meu marido passamos. Algumas simples rimas, só pra marcar mais um mês que continuamos
 
ESPERANDO VOCÊ
 
Cada dia tem uma história
Cada dia tem um saber
A gente reconhece a vitória
Mas não esconde esse querer.
 
Nos disseram em certo momento
"Como é possível aguentar?"
Imaginar você por aí, ao vento
E ainda não poder te abraçar.
 
É que o que não cabe no peito
Só pode ser dito no olhar:
Para quem caminha direito
Sempre vale mais esperar.
 
A vida tem mesmo dessas
E quem pode desdizer?
Acreditar em tantas promessas
E a maior: de feliz viver.
 
Mas um sentimento faz forte
O amor te ensina a aguardar
Pois sentimos no tempo nossa sorte
Enquanto esperamos você chegar.
 
 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Adoção inter racial: muito sobre o que se pensar.

Esse foi o tema da reunião do Grupo de Apoio a Adoção Laços de Ternura nesse sábado, dia 25 de junho. O que levanta muitas questões e que me levou a pesquisar e ler matérias em outros blogs. Mas antes de começar a falar sobre isso, vamos aos dados que nos foram colocados (e muito bem colocados)
 
O descobrimento do Brasil foi em 1500 e o início da escravidão se deu em 1550. A abolição da escravidão se deu em 1888. Se contarmos do iníco até a abolição, temos 338 ANOS DE ESCRAVIDÃO. E se formos da abolição até os dias de hoje temos apenas 128 ANOS SEM ESCRAVIDÃO. Olhando assim vemos que o Brasil passou muito mais tempo em período de escravidão do que de liberdade dos negros. O que explica, mas não justifica, todo esse preconceito que ainda existe na sociedade brasileira.
Transcrevendo um trecho da apresentação que nos foi mostrada: "O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão e ainda hoje, não se libertou do preconceito racial que impõem ao branco uma condição de superioridade ao negro."
 
Agora, falando de adoção, a grande maioria dos casais pretendentes a adoção tem a cor branca e dá preferencia a crianças brancas para não ter que explicar a filiação, fazendo disso uma tentativa da adoção imitar uma gestação biológica. Em contra partida, existe também o medo dos pais adotivos não saberem como lidar diante de atos de preconceito não conseguindo se defender e nem defender aos seus filhos.
Mas o amor não emerge da convivência familiar? Seus laços não vão muito além da simples cor da pele? Do formato dos olhos? Se o cabelo é enrolado ou não? Esses são os problemas que nós adultos criamos, vivenciamos, tememos.
Para a criança, isso é indiferente.
Enquanto os pretendentes a adoção preenchem um perfil onde devem escolher se seu filho deve ser branco, negro, amarelo, pardo, indígena ou não, a criança em situação de acolhimento não espera um pai alto ou baixo, uma mãe gorda ou magra, se serão negros ou caucasianos. A única coisa que essa criança ou adolescente espera é uma família que a acolha e a ame, cuide, acompanhe. Esse é o momento em que devemos aprender com as crianças.
Ainda de acordo com os dados do CNA (Cadastro Nacional de Adoção) temos mais de 66% de crianças pardas e negras prontas para serem adotadas no Brasil e na contramão disso, 23,4% dos pretendentes a adoção SÓ aceitam crianças brancas. O Brasil é um país constituído por metade de negros, e a outra metade que tem o dobro de privilégios. Estranho não?
Deixo aqui algums pensamentos meus... Por que se preocupar tanto com a cor da pele, se debaixo dela todas as cores são as mesmas? Por que dizer que são inferiores se a grande parte da nossa cultura veio do continente mãe?
Então mundo, prepare-se. Eu e meu marido somos "brancos" e "pardos" (!) e sim, temos uma imensa chance de sermos pais de uma criança negra, com muito orgulho. Afinal, deveríamos preencher nosso perfil com uma única raça: HUMANA.
 
 
Para quem tem curiosidade sobre o preenchimentos do cadastro e do perfil, segue o link de um para verem quantas informações são necessárias e como é difícil ter que "escolher" um perfil. Pelo menos pra mim, foi o momento mais complicado do processo: Perfil para adoção (Formulário de Cadastro).
 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

25 de Maio: um dia para reflexão.

 
"Em 1996, representantes dos catorze Grupos de Apoio à Adoção então existentes no Brasil se reuniram em Rio Claro, interior de São Paulo, no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, nos dias 24 e 25 de maio.
Na ocasião, os grupos elegeram o dia 25 de maio como o Dia Nacional da Adoção. Seis anos depois, em 9 de maio de 2002, a lei foi sancionada sob o nº 10.447.
Nasceu assim, oficialmente, o DIA NACIONAL DA ADOÇÃO. Desde então, a data é comemorada em todo o país pelos militantes da causa, para celebrar e refletir sobre a adoção de crianças."
 
Pois é! Antes de comemorar é preciso refletir.
No dia de hoje peço humildemente à vocês, meus amigos, que antes de julgar qualquer decisão de futuros pais adotivos, procurem medir suas palavras e pensar com mais amor na situação que está para se seguir.
Acreditem que as decisões que tomamos são muito bem pensadas e discutidas entre as partes com maior interesse. No nosso caso, eu e meu marido. Algumas delas, são estendidas as nossas famílias, visto que precisamos sim da ajuda deles para continuar caminhando com a certeza de uma decisão importante e feliz.
Mas, o que não precisamos, são conselhos desinformados. Sei que já comentei isso várias outras vezes, mas tem certos assuntos que precisam sempre ser relembrados.
Nós aguardamos uma adoção interracial sim. Acostumem-se: toda etnia tem suas lindezas.
Nós não aguardamos a adoção de um bebê. E estamos preparados para todos os desafios que isso vai nos proporcionar. E se a adoção tardia é uma loucura, o filho estará dentro de nossa casa. Não se preocupem com o dia-a-dia. Filhos são desafios. Relacionamentos interpessoais são desafios.
Nós acreditamos que o amor está além do DNA. Simples: nós nos amamos e não temos o mesmo sangue. Nosso filho também não precisa ter.
O que o mundo precisa é de entendimento. De tolerância. E de limites!
Nós sabemos que o filho que nos espera precisa de muito amor, carinho, atenção e paciência. Os biológicos também.
Nós sabemos que o NÃO também é amor. O filho que nos espera também terá os nãos que ele vai precisar, porque é melhor aprender aos poucos do que um dia não saber lidar com o NÃO que a vida vai dar.
Pedimos todos os dias a Deus que nos ilumine e nos guie para saber quais são os limites. Os mesmos que nossos pais nos deram, pois temos certeza de que foram os limites do amor.
 
Filho que nos espera,
estamos anciosos pelo momento de te conhecer!
 

 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Adoção tardia: um filho não precisa caber no seu colo e sim no seu coração.

30 de abril de 2016.
Em nenhum momento, estar no grupo de apoio influencia nossas decisões. Acredito apenas que abra novas visões sobre o universo da adoção. Esse encontro, tão emocionante quanto qualquer outro, nos mostrou os desafios e alegrias de uma adoção tardia.
Continuo sempre pressionando a mesma tecla de que pessoas que desconhecem os caminhos da adoção tem a triste tendência de dar uma opinião que a cada dia vemos ser menos válida: que não se deve adotar crianças "mais velhas".
Triste ver isso. São pessoas que quase gritam quando falamos que talvez, um dia se tudo der certo, pensamos em adotar uma criança entre 10 e 11 anos. É um projeto meu e do meu marido, que só diz respeito a nós e que ainda está sendo estudado. Fora os que já nos criticaram por estarmos esperando uma criança entre 2 e 5 anos.
Então, lanço a questão bem colocada aqui: só tem direito a ter uma família que os acolha os recém nascidos? Por que não uma criança com "mais idade"? Eles não tem o direito se serem filhos também?
Vivemos com a crença de que só é possível criar um verdadeiro laço de afeto caso aquela pessoinha que esperamos não tenha "vício" nenhum, de que sua personalidade não esteja formada e várias outras questões que hoje vemos serem lendas.
Pense em um outro relacionamento bem profundo em nossas vidas. Os relacionamentos afetivos. O casamento.
Você que lê isso e se vê em um relacionamento, não ama seu companheiro com toda sinceridade que existe em seu ser? Não confia? Não compartilha? Não sonha junto os mesmos sonhos de um futuro melhor a cada dia?
E agora, responda com toda sinceridade. ESSA PESSOA CHEGOU NA SUA VIDA COM QUE IDADE?
Você a adotou como parceira pra vida e aceitou suas virtudes e seus defeitos. Aprendeu a amar e se acostumou com todos seus defeitos e manias. Vocês se adotaram para o amor, para o dia-a-dia, para as batalhas, para os grandes desafios e os dois já tinham suas personalidades formadas, suas convicções, seus anseios. Não foi e nem é fácil, se estranham algumas vezes, mas estão aí dividindo seus "quilos de sal".
E digo além, qual relacionamento com filhos biológicos são fáceis? Quantas crianças vocês não encontram em shoppings e mercados fazendo birra e matando os pais de vergonha? Me diga que mãe ou pai passa ileso pelo drama da adolêscencia sem reclamar uma única vez que este período é um "grande desastre"?
A vida não é feita um mar de rosas em relacionamento algum. Uma adoção tardia tem seus desafios sim, assim como uma adoção de recém-nascido. Um filho adolescente é sim um grande drama, mas que pai abriria mão de seu filho durante esse período?
O direito de ser feliz é de todos.
Se a necessidade de embalar um bebê é grande, adote um recém-nascido sim. Não desanime desse sonho. Mas se seu coração quer o desafio de ajudar e dar uma família de amor para alguém que já chegará te chamando de papai ou mamãe, não dê ouvidos a tantas críticas. Aceite mais esse desafio que a vida lhe dá. E aceite com amor e convicção de que será capaz de fazer o melhor, porque temos certeza, o amor supera qualquer barreira.
Como dizem, fica a dica. Leiam, se informem. Adoção tardia é um ato de amor. Uma criança "mais velha" merece tanto quanto qualquer outra uma família que a faça feliz, lhe dê carinho e limites.

Campanha maravilhosa! Não deixe de assistir e entenda a adoção tardia. Duvido que não vai se emocionar.

Em dúvida sobre adotar? Achando que é o único cheio de questionamentos? Você não está sozinho.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Os medos que nos cercam...

Há um tempo atrás, tivemos uma dinâmica chamada "De frente com a mãe biológica" e nela deveríamos dizer quais seriam nossas palavras para a genitora de nosso filho adotivo. Como relatei em outro post (Encontro GAALT - Dinâmica "De frente com a mãe biológica" - Fevereiro/2016), talvez a única coisa que faria sentido dizer era "Obrigado!". Isso seria de coração!
Mas logo após isso, aquela passou a ser uma semana de muitas angústias pra mim. Pela minha cabeça, e em segredo, a ideia que começou a se formar foi muito dolorida. Jamais pensamos em mentir ou ocultar algum fato para nosso anjo a partir do momento em que estiver conosco. Sim, vai saber que é adotado. Sim, vai saber que nós nos escolhemos para viver uma linda vida juntos cheia de acertos e erros. Sim, quando fizer dezoito anos e se quiser, pode ir procurar e conhecer a mãe biológica.
"Mas e se de repente resolver que ama mais a mãe biológica do que eu e o papai?"
Confesso que nem ao meu amado marido comentei sobre esse pânico que se instalou dentro de mim. É todo direito de nosso filho procurar conhecer seu passado, sua história antes de nós. Mas só eu sei o quão triste fiquei com esse pensamento.
Então que mais uma vez, no momento oportuno, recebi um recado. E essa é uma daquelas histórias que a gente não pode deixar passar.
Na empresa, uma dessas pessoas que a gente sempre cumprimenta no corredor, mas não tem tanta intimidade, passou a conversar comigo porque estava junto com outra pessoa com quem tenho mais contato. Em uma ida ao almoço, começamos a conversar amenidades, quando ela me perguntou se eu já era mãe.
-Ainda não. Estou "gestante" mas de um jeito diferente. Seremos pais adotivos.
Tenho o maior orgulho em dizer que serei mãe. Que estamos passando por esse tipo de gestação que não muda o corpo mais transforma totalmente a vida.
Os imensos olhos escuros dela brilharam e fui presenteada com uma linda história de adoção cheia de muito amor, luta e grandes vitórias. Uma história de entrega, de dedicação, de perdão e amadurecimento. E no final dela, um recado que eu tenho certeza, veio de Deus:
-A gente tem necessidade de conhecer a mãe biológica, sabe. Mas amor, amor de verdade, é pela família que te acolheu, cuidou e te ama. A gente só precisa saber de onde realmente veio. Mas a gente ama onde mora.
Onde mora o filho adotivo? No coração da família que o recebeu. Nós não estamos salvando ninguém, estamos amando e sendo amados na medida certa. Nós estamos vivendo um amor que supera os limites de tudo que pode ser explicado. Porque amar de verdade nunca é demais.
 
Olha, eu só queria agradecer. Obrigada mesmo por me dar esse recado mesmo sem saber o que me afligia tanto o coração naquele dia. E obrigada por reafirmar isso esses dias atrás, por me oferecer um sorriso tão sincero sempre que nos encontramos. Conhecer a sua história foi algo fantástico, um presente precioso que enche o coração de imensa alegria.

Obrigado Senhor, pelas mensagens que tem nos enviado!
 
O Abraço - Romero Britto
 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

"O mundo não te mereceu."

Queridas mamães que estão solteiras...

Perdoem o mal jeito, mas foi assim que meu dia começou e pretendo dividir com vocês. Este blog fala de adoção, de amor, de vida. Fala da imensa benção em sermos pais, adotivos ou biológicos. Mas quem consegue estar cem porcento bem vendo até onde o ser humano é capaz de chegar?
Dirijo este post à você, mamãe que no momento está solteira, por um motivo bem claro: pense bem em quem você irá colocar ao lado do seu bem mais precioso.
Somente você e Deus sabem por tudo o que passou para estar com seu filho em seus braços e quanto foi e é difícil carregar toda a responsabilidade muitas vezes sozinha. Sorte daquelas que ainda conseguem contar com a família para ajudar.
Ser feliz é um direito. Se isso inclui viver um amor romântico, vai em frente. Mas antes de colocar seu pequeno anjo na convivência de uma pessoa estranha, pense com carinho: em alguns meses você não conhece ninguém o suficiente para colocar essa pessoa morando dentro de sua casa e cuidando de seu filho. Não são poucos os casos de que temos conhecimento.
Com muito pesar hoje, coloco dois links a disposição e gostaria que vocês, meus grandes amigos, dessem uma atenção especial. Quem publicou isso pelo Facebook foi uma prima minha muito querida e sensível, e me sinto na obrigação de dividir isso com todos vocês.
Antes que eu me esqueça, o padrastro é suspeito, o que quer dizer que não foi declarado culpado pela agressão. Mas uma coisa é certa: alguém agrediu esse pequeno anjo causando sua morte.
Como disse em outro post meu, o ser humano é uma caixa de surpresas. E bem sabemos que nem toda surpresa é boa.
 
"Ela tinha só três anos. Uma menina de três anos não deveria morrer. Só deveria brincar, sorrir, pular, ver desenho animado na tevê comendo chocolate e conversar com suas bonecas ou com seus amigos imaginários utilizando seu dialeto peculiar."
Eduardo Mira (jornalista e editor do ND Joinville)
 
 
 

quinta-feira, 31 de março de 2016

FAMOSOS QUE FORAM ADOTADOS. E você nem sabia!

"Filhos bem sucedidos não negam o sangue. É uma herança de família, sabe? Está nos genes."
 
Quantas vezes não ouvimos isso? E quantas outras não ouvimos os fracassos de alguns sendo justificados pelo fato de "serem adotados". As pessoas justificam os erros por aquilo que desconhecem. Ou já se esqueceram que foi a filha biológica de uma família rica, que estudava, viajava para o exterior de férias e tinha todos os privilégios, que são negados a muitos, que arquitetou o assassinato de seus pais biológicos (sangue do seu sangue!) de forma cruel?
Não estou dizendo só que filho é uma loteria. Estou dizendo que o ser humano é uma caixa de surpresas.

Mas esse não é motivo desse post.
O motivo dele é mostrar que além dos bem sucedidos filhos biológicos, temos também os bem sucedidos filhos do amor, do coração. Filhos que escolhemos para a vida. Filhos que mesmo não tendo o sangue do mesmo sangue, foram a luta, acreditaram e viveram por seus ideias. São os filhos que sabem que uma família vai muito além apenas dos laços biológicos.
O amor cura, alimenta, guia...
Acompanhem essas histórias. Tirem suas conclusões. E me digam se surpreenderam-se ou não.
Ah! E não são só esses. Tem outros que vocês jamais desconfiariam. Façam suas pesquisas!

John Lennon

John Winston Lennon; (Liverpool, 9 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980) foi um músico, guitarrista, cantor, compositor, escritor e ativista britânico.
Foi um dos fundadores da banda britânica The Beatles, em que, junto com Paul McCartney, fez parte de uma das mais importantes duplas de compositores do século XX.
Nunca se soube exatamente quais motivos levaram Julia Lennon a entregar seu filho, John, de apenas cinco anos, aos cuidados de sua irmã mais velha, Mary Elizabeth, mais conhecida como Mimi. Alf Lennon, pai de John, depois de sua tentativa frustrada de raptar seu filho e levá-lo para longe de Julia, sumiu de vez da vida de sua ex-mulher e seu pequeno filho. Julia estava casada com Bobby Dykins e muitos acreditavam que houve uma grande confusão entre eles, pois uma criança tão pequena exigia muita dedicação. Apesar das especulações, Mimi acolheu seu sobrinho em Mendips, sua casa, com um carinho materno que raramente ela havia demonstrado antes. 
John estudou na Dovedale County Primary School até passar no exame Eleven-Plus (ou 11 +). Certa vez, ele citou um acontecimento que ocorreu na escola: "Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida."

Steve Jobs

Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 — Palo Alto, Califórnia, 5 de
outubro de 2011) foi um inventor, empresário e magnata americano no setor da informática. Notabilizou-se como co-fundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. e por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicações digitais. Além de sua ligação com a Apple, foi diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company.
Morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos de idade, devido a um câncer pancreático. 
Nasceu em São Francisco, filho de Joanne Schieble Jandali Simpson, nascida em Wisconsin, e de Abdulfattah Jandali, membro de uma proeminente família síria proprietária de poços de petróleo, empresas e propriedades agrícolas. Joanne descobriu que estava grávida e a família católica era contra o aborto, forçando-a a dar a criança para adoção. Jandali voltou para Síria para juntar dinheiro e cuidar do bebê, mas passou muitos meses sem dar notícias o que forçou Joanne a pensar novamente em dar seu filho já que não teria condições de cria-lo.
Então seu bebê foi deixado sob guarda de Paul Reinhold Jobs, mecânico e ex-membro da guarda costeira e Clara Hagopian Jobs, filha de imigrantes armênios. Inicialmente Joanne recusou-se a deixar o abrigo com seus pais, e a assinar os papéis da adoção, pois além de amar o filho, o casal não tinha completado o segundo grau e Joanne temia um futuro miserável ao filho. O impasse só terminou após Paul assinar um compromisso de criar um fundo para enviar o menino à faculdade.

Gonzaguinha

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1945 — Renascença, 29 de abril de 1991) foi um cantor e compositor brasileiro.
Filho legítimo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil. "Venho de Odaléia uma profissional daquelas que furam cartão e de vez em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim" (Gonzaguinha).
A mãe morreu de tuberculose ainda muito moça, com apenas 22 anos de idade, deixando Gonzaguinha órfão aos dois anos, e o pai, não podendo cuidar do menino porque viajava por todo Brasil, entregou-o aos padrinhos
"Dina (Leopoldina de Castro Xavier) e Xavier (Henrique Xavier), baiano do violão das calçadas de Copacabana, do pires na zona do mangue, morro de São Carlos foram eles que me criaram e por isso eu toco violão." (Gonzaguinha)
As primeiras letras Gonzaguinha aprendeu numa escola local, mas as verdadeiras lições de vida recebeu pelas ladeiras do morro. Quando garoto, para conseguir algum dinheiro, carregava sacolas na feira.
Do pai, recebia o nome de certidão, dinheiro para pagar os estudos e algumas visitas esporádicas. Imerso no dia-a-dia atribulado da população, Gonzaguinha ia aprendendo a dureza de uma vida marginal, a injustiça diária vivida por uma parcela da sociedade que não tinha acesso a nada.
Quando pequeno, Gonzaguinha ouvia Lupicínio Rodrigues, Jamelão e as músicas de seu pai. Gostava de bolero e era assíduo freqüentador de programas sertanejos. Ouvia também muita música portuguesa, pois D. Dina sua madrinha e mãe adotiva, era filha de portugueses e manteve-se ligada às tradições familiares.

Marcos Paulo

Marcos Paulo Simões (São Paulo, 1 de março de 1951 — Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2012) foi um ator e diretor de televisão e cinema brasileiro.
Participou de importantes novelas, como "O Morro dos Ventos Uivantes", de autoria do seu pai. Em 1970, com 19 anos, foi para a TV Globo, onde participou de importantes trabalhos, como "Minha Doce Namorada", "Uma Rosa com Amor", "Gabriela", "Brega e Chique", "Roque Santeiro", "Tieta", "Páginas da Vida"e tantas outras.
Foi casado quatro vezes. O primeiro casamento foi com a jornalista Márcia Mendes e o segundo com a também jornalista Belisa Ribeiro. Depois, se casou com Renata Sorrah, com quem tem uma filha, Mariana. O quarto casamento foi com a atriz Flávia Alessandra, com quem tem filha, Giulia. Aos 20 anos, porém, namorou a modelo italiana Tina Serina que teve uma filha de Marcos Paulo, Vanessa.
O ator e diretor morreu dia 11 de novembro de 2012, aos 61 anos, de embolia pulmonar.
Não conheceu seu pai e sua mãe biológica faleceu durante seu parto. Seu pai adotivo é o novelista Vicente Sesso, autor de tantas novelas, como "Sangue do Meu Sangue". Ainda criança, frequentava os estúdios de gravação da TV Tupi, da TV Excelsior e da TV Bandeirantes.

Nelson Mandela

Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 — Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua atuação política. Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não-violenta da juventude, acabando como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país, como uma sociedade multiétnica.
Mandela passou 27 anos na prisão. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país. Até 2009, ele havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado dos direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre. Em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, 18 de julho, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.
Denunciado como sendo um terrorista comunista por seus críticos, ele acabou sendo aclamado internacionalmente por seu ativismo e recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993. Em sua vida privada, enfrentou dramas pessoais mas permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país.
Quando Mandela tinha nove anos de idade, o pai morreu de doença pulmonar, o que fez com que sua vida mudasse drasticamente. Ele foi adotado pelo chefe Jongintaba Dalindyebo, regente da tribo Thembu – gesto feito como um favor ao pai de Mandela, que, anos antes, havia recomendado Jongintaba para chefe.

Milton Nascimento
 
Milton do Nascimento (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942), apelidado "Bituca", é um cantor e
compositor brasileiro reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira. Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967.
Valendo-se do filão engajado da pós-ditadura, participou em 1985 do Nordeste Já, versão brasileira do USA for Africa que criou as canções "Chega de Mágoa" e "Seca D'água".
O diretor Marcelo Flores está preparando um filme celebrando os 50 anos de carreira do cantor, Milton - A Voz. Híbrido de documentário e ficção, o filme incluirá além de cenas atuais, recriações de passagens da vida de Milton com o músico interpretado por Fabrício Boliveira.
Milton nasceu em uma comunidade da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado. Após os patrões descobrirem a gestação, demitiram-na. Maria do Carmo registrou o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de sua mãe, uma pobre viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e veio a falecer de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó.
Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e, poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.