quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Gestação afetiva, chocolates e crises de ansiedade.

Sim, eu sei. Acho que a última postagem foi quando? Em Julho? Isso mesmo, Julho. Tempinho já...
De lá pra cá, o grupo de apoio teve um recesso pelas férias e comemorações de aniversário de 15 anos do grupo. Não comemoramos junto com eles. Agosto foi um mês que parecia não ter mais fim, passei 90 dias presa nele. Em compensação, 1º de Setembro foi ontem. (Rs...)


Nesse meio tempo, descobri que tenho algumas crises de ansiedade. Algo que sinceramente, acreditei que não iria acontecer comigo. Foi difícil perceber o que estava acontecendo e acabei transferindo para outras situações do dia-a-dia, acreditando que o problema era todo o resto e não essa espera.
Acompanhar uma gestação biológica deve ser maravilhoso. O corpo muda, sente-se a criança mexendo dentro de seu ventre, compra enxoval, prepara o quarto e, se tudo estiver dentro da normalidade, em nove meses o pequeno anjo estará em seus braços. É uma perfeição só!
A gestação afetiva é deliciosa também... Seu corpo não muda, mas seu coração se despedaça a cada dia. Você não sente seu ventre mexer, mas suas ideias e ideais mudam completamente. Você não pode comprar enxoval porque não sabe de que tamanho seu filhinho vai chegar. Não pode montar um quarto para não sofrer da "síndrome do quarto vazio" afinal, não são apenas nove meses de espera. E sonha com um sorriso que não sabe quando vai chegar.
Então, você tenta acreditar que está super preparada para a espera e se vê em mil pedaços e palpites: porque o sistema é burocrático, porque você devia ter ido buscar no meio do sertão, porque essa espera é insana... e por aí vai. Não que você desacredite na espera, que se faz necessária, mas começa a sentir o peito apertar e doer ("Estou infartando!"), a cabeça passa a latejar o dia inteiro por muitos dias, uma angústia que parece não ter fim, um choro que aparece toda hora.
Acreditem: ainda estou passando (e me adaptando) a tudo isso. Pura verdade.
Um choro dolorido e sem motivo. O gatilho? Qualquer coisa. Até comercial de família feliz passando margarina no pão. Uma mãe com um menininho engraçadinho no ônibus. Uma decisão que parece complicadíssima (e não é) no trabalho. A blusa que  não está onde você deixou (e depois você encontra ela lá). Complicado, choro por tudo. E por nada também.
Esses dias, três ou quatro pessoas próximas foram vítimas dessas crises. Uma delas, é claro, meu marido. No meio de uma tarde de trabalho, mandei uma mensagem desesperada pra ele: ME TIRA DAQUI!!! Agora dou risada da situação, mas no dia, enquanto trocavámos mensagens (eu pedindo desesperadamente para que ele me tirasse da empresa e ele tentando me acalmar), não sabia o que pensar. Sentia o peito apertado e um choro desesperado tomava conta de mim. Ele me ligou, disse que tudo ficaria bem e que se quisesse, ele iria me buscar. Passou do mesmo jeito que começou e logo estava mais calma. Terminei o dia de trabalho mais calma, mas não livre de uma dor de cabeça insana.
Onde ficam os chocolates? Na parte em que preciso cuidar da minha saúde para ser uma mãe mais ágil e preparada, ter uma boa alimentação para servir de exemplo para o nosso furacãozinho. Mas vivo me trapaceando, já que no meio das crises o chocolate é o que me traz alguma sensação de satisfação e calma. Olha uma reportagem legal que achei no www.bemdesaude.com:

"Uma das grandes razões que fazem o chocolate ser tão consumido, é que ele, entre outras coisas aumenta a produção de serotonina, é uma substância do cérebro ligada à sensação de prazer e, com isso, alivia a depressão e a ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina, as calorias elevam os teores de endorfinas, o que explica a tal sensação de prazer citada por absolutamente todos os consumidores de chocolate.
A serotonina acalma e as endorfinas melhoram o humor. Outros tipos de doce, segundo as pessoas que devoram chocolate, não oferecem o mesmo tipo de "alívio"."

Pois então é isso... E peço a gentileza de quem me pegar chorando por aí, apenas me oferecer um chocolate!




 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Esperando você...

Quem me conhece há um tempo sabe o quanto sempre gostei de escrever. Certo que antigamente produzia muito mais textos e poemas do que hoje em dia, afinal o dia-a-dia me faz ter a cabeça em mil outras coisas e falta um pouco de tempo para fazer com que as palavras se encaixem como antes.
Mas, tem aqueles momentos em que elas aparecem na minha cabeça com uma certa sonoridade e tenho que rabiscar logo, mudar aqui, pensar ali. No final, uma humilde homenagem ao momento em que eu e meu marido passamos. Algumas simples rimas, só pra marcar mais um mês que continuamos
 
ESPERANDO VOCÊ
 
Cada dia tem uma história
Cada dia tem um saber
A gente reconhece a vitória
Mas não esconde esse querer.
 
Nos disseram em certo momento
"Como é possível aguentar?"
Imaginar você por aí, ao vento
E ainda não poder te abraçar.
 
É que o que não cabe no peito
Só pode ser dito no olhar:
Para quem caminha direito
Sempre vale mais esperar.
 
A vida tem mesmo dessas
E quem pode desdizer?
Acreditar em tantas promessas
E a maior: de feliz viver.
 
Mas um sentimento faz forte
O amor te ensina a aguardar
Pois sentimos no tempo nossa sorte
Enquanto esperamos você chegar.
 
 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Adoção inter racial: muito sobre o que se pensar.

Esse foi o tema da reunião do Grupo de Apoio a Adoção Laços de Ternura nesse sábado, dia 25 de junho. O que levanta muitas questões e que me levou a pesquisar e ler matérias em outros blogs. Mas antes de começar a falar sobre isso, vamos aos dados que nos foram colocados (e muito bem colocados)
 
O descobrimento do Brasil foi em 1500 e o início da escravidão se deu em 1550. A abolição da escravidão se deu em 1888. Se contarmos do iníco até a abolição, temos 338 ANOS DE ESCRAVIDÃO. E se formos da abolição até os dias de hoje temos apenas 128 ANOS SEM ESCRAVIDÃO. Olhando assim vemos que o Brasil passou muito mais tempo em período de escravidão do que de liberdade dos negros. O que explica, mas não justifica, todo esse preconceito que ainda existe na sociedade brasileira.
Transcrevendo um trecho da apresentação que nos foi mostrada: "O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão e ainda hoje, não se libertou do preconceito racial que impõem ao branco uma condição de superioridade ao negro."
 
Agora, falando de adoção, a grande maioria dos casais pretendentes a adoção tem a cor branca e dá preferencia a crianças brancas para não ter que explicar a filiação, fazendo disso uma tentativa da adoção imitar uma gestação biológica. Em contra partida, existe também o medo dos pais adotivos não saberem como lidar diante de atos de preconceito não conseguindo se defender e nem defender aos seus filhos.
Mas o amor não emerge da convivência familiar? Seus laços não vão muito além da simples cor da pele? Do formato dos olhos? Se o cabelo é enrolado ou não? Esses são os problemas que nós adultos criamos, vivenciamos, tememos.
Para a criança, isso é indiferente.
Enquanto os pretendentes a adoção preenchem um perfil onde devem escolher se seu filho deve ser branco, negro, amarelo, pardo, indígena ou não, a criança em situação de acolhimento não espera um pai alto ou baixo, uma mãe gorda ou magra, se serão negros ou caucasianos. A única coisa que essa criança ou adolescente espera é uma família que a acolha e a ame, cuide, acompanhe. Esse é o momento em que devemos aprender com as crianças.
Ainda de acordo com os dados do CNA (Cadastro Nacional de Adoção) temos mais de 66% de crianças pardas e negras prontas para serem adotadas no Brasil e na contramão disso, 23,4% dos pretendentes a adoção SÓ aceitam crianças brancas. O Brasil é um país constituído por metade de negros, e a outra metade que tem o dobro de privilégios. Estranho não?
Deixo aqui algums pensamentos meus... Por que se preocupar tanto com a cor da pele, se debaixo dela todas as cores são as mesmas? Por que dizer que são inferiores se a grande parte da nossa cultura veio do continente mãe?
Então mundo, prepare-se. Eu e meu marido somos "brancos" e "pardos" (!) e sim, temos uma imensa chance de sermos pais de uma criança negra, com muito orgulho. Afinal, deveríamos preencher nosso perfil com uma única raça: HUMANA.
 
 
Para quem tem curiosidade sobre o preenchimentos do cadastro e do perfil, segue o link de um para verem quantas informações são necessárias e como é difícil ter que "escolher" um perfil. Pelo menos pra mim, foi o momento mais complicado do processo: Perfil para adoção (Formulário de Cadastro).
 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

25 de Maio: um dia para reflexão.

 
"Em 1996, representantes dos catorze Grupos de Apoio à Adoção então existentes no Brasil se reuniram em Rio Claro, interior de São Paulo, no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção, nos dias 24 e 25 de maio.
Na ocasião, os grupos elegeram o dia 25 de maio como o Dia Nacional da Adoção. Seis anos depois, em 9 de maio de 2002, a lei foi sancionada sob o nº 10.447.
Nasceu assim, oficialmente, o DIA NACIONAL DA ADOÇÃO. Desde então, a data é comemorada em todo o país pelos militantes da causa, para celebrar e refletir sobre a adoção de crianças."
 
Pois é! Antes de comemorar é preciso refletir.
No dia de hoje peço humildemente à vocês, meus amigos, que antes de julgar qualquer decisão de futuros pais adotivos, procurem medir suas palavras e pensar com mais amor na situação que está para se seguir.
Acreditem que as decisões que tomamos são muito bem pensadas e discutidas entre as partes com maior interesse. No nosso caso, eu e meu marido. Algumas delas, são estendidas as nossas famílias, visto que precisamos sim da ajuda deles para continuar caminhando com a certeza de uma decisão importante e feliz.
Mas, o que não precisamos, são conselhos desinformados. Sei que já comentei isso várias outras vezes, mas tem certos assuntos que precisam sempre ser relembrados.
Nós aguardamos uma adoção interracial sim. Acostumem-se: toda etnia tem suas lindezas.
Nós não aguardamos a adoção de um bebê. E estamos preparados para todos os desafios que isso vai nos proporcionar. E se a adoção tardia é uma loucura, o filho estará dentro de nossa casa. Não se preocupem com o dia-a-dia. Filhos são desafios. Relacionamentos interpessoais são desafios.
Nós acreditamos que o amor está além do DNA. Simples: nós nos amamos e não temos o mesmo sangue. Nosso filho também não precisa ter.
O que o mundo precisa é de entendimento. De tolerância. E de limites!
Nós sabemos que o filho que nos espera precisa de muito amor, carinho, atenção e paciência. Os biológicos também.
Nós sabemos que o NÃO também é amor. O filho que nos espera também terá os nãos que ele vai precisar, porque é melhor aprender aos poucos do que um dia não saber lidar com o NÃO que a vida vai dar.
Pedimos todos os dias a Deus que nos ilumine e nos guie para saber quais são os limites. Os mesmos que nossos pais nos deram, pois temos certeza de que foram os limites do amor.
 
Filho que nos espera,
estamos anciosos pelo momento de te conhecer!
 

 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Adoção tardia: um filho não precisa caber no seu colo e sim no seu coração.

30 de abril de 2016.
Em nenhum momento, estar no grupo de apoio influencia nossas decisões. Acredito apenas que abra novas visões sobre o universo da adoção. Esse encontro, tão emocionante quanto qualquer outro, nos mostrou os desafios e alegrias de uma adoção tardia.
Continuo sempre pressionando a mesma tecla de que pessoas que desconhecem os caminhos da adoção tem a triste tendência de dar uma opinião que a cada dia vemos ser menos válida: que não se deve adotar crianças "mais velhas".
Triste ver isso. São pessoas que quase gritam quando falamos que talvez, um dia se tudo der certo, pensamos em adotar uma criança entre 10 e 11 anos. É um projeto meu e do meu marido, que só diz respeito a nós e que ainda está sendo estudado. Fora os que já nos criticaram por estarmos esperando uma criança entre 2 e 5 anos.
Então, lanço a questão bem colocada aqui: só tem direito a ter uma família que os acolha os recém nascidos? Por que não uma criança com "mais idade"? Eles não tem o direito se serem filhos também?
Vivemos com a crença de que só é possível criar um verdadeiro laço de afeto caso aquela pessoinha que esperamos não tenha "vício" nenhum, de que sua personalidade não esteja formada e várias outras questões que hoje vemos serem lendas.
Pense em um outro relacionamento bem profundo em nossas vidas. Os relacionamentos afetivos. O casamento.
Você que lê isso e se vê em um relacionamento, não ama seu companheiro com toda sinceridade que existe em seu ser? Não confia? Não compartilha? Não sonha junto os mesmos sonhos de um futuro melhor a cada dia?
E agora, responda com toda sinceridade. ESSA PESSOA CHEGOU NA SUA VIDA COM QUE IDADE?
Você a adotou como parceira pra vida e aceitou suas virtudes e seus defeitos. Aprendeu a amar e se acostumou com todos seus defeitos e manias. Vocês se adotaram para o amor, para o dia-a-dia, para as batalhas, para os grandes desafios e os dois já tinham suas personalidades formadas, suas convicções, seus anseios. Não foi e nem é fácil, se estranham algumas vezes, mas estão aí dividindo seus "quilos de sal".
E digo além, qual relacionamento com filhos biológicos são fáceis? Quantas crianças vocês não encontram em shoppings e mercados fazendo birra e matando os pais de vergonha? Me diga que mãe ou pai passa ileso pelo drama da adolêscencia sem reclamar uma única vez que este período é um "grande desastre"?
A vida não é feita um mar de rosas em relacionamento algum. Uma adoção tardia tem seus desafios sim, assim como uma adoção de recém-nascido. Um filho adolescente é sim um grande drama, mas que pai abriria mão de seu filho durante esse período?
O direito de ser feliz é de todos.
Se a necessidade de embalar um bebê é grande, adote um recém-nascido sim. Não desanime desse sonho. Mas se seu coração quer o desafio de ajudar e dar uma família de amor para alguém que já chegará te chamando de papai ou mamãe, não dê ouvidos a tantas críticas. Aceite mais esse desafio que a vida lhe dá. E aceite com amor e convicção de que será capaz de fazer o melhor, porque temos certeza, o amor supera qualquer barreira.
Como dizem, fica a dica. Leiam, se informem. Adoção tardia é um ato de amor. Uma criança "mais velha" merece tanto quanto qualquer outra uma família que a faça feliz, lhe dê carinho e limites.

Campanha maravilhosa! Não deixe de assistir e entenda a adoção tardia. Duvido que não vai se emocionar.

Em dúvida sobre adotar? Achando que é o único cheio de questionamentos? Você não está sozinho.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Os medos que nos cercam...

Há um tempo atrás, tivemos uma dinâmica chamada "De frente com a mãe biológica" e nela deveríamos dizer quais seriam nossas palavras para a genitora de nosso filho adotivo. Como relatei em outro post (Encontro GAALT - Dinâmica "De frente com a mãe biológica" - Fevereiro/2016), talvez a única coisa que faria sentido dizer era "Obrigado!". Isso seria de coração!
Mas logo após isso, aquela passou a ser uma semana de muitas angústias pra mim. Pela minha cabeça, e em segredo, a ideia que começou a se formar foi muito dolorida. Jamais pensamos em mentir ou ocultar algum fato para nosso anjo a partir do momento em que estiver conosco. Sim, vai saber que é adotado. Sim, vai saber que nós nos escolhemos para viver uma linda vida juntos cheia de acertos e erros. Sim, quando fizer dezoito anos e se quiser, pode ir procurar e conhecer a mãe biológica.
"Mas e se de repente resolver que ama mais a mãe biológica do que eu e o papai?"
Confesso que nem ao meu amado marido comentei sobre esse pânico que se instalou dentro de mim. É todo direito de nosso filho procurar conhecer seu passado, sua história antes de nós. Mas só eu sei o quão triste fiquei com esse pensamento.
Então que mais uma vez, no momento oportuno, recebi um recado. E essa é uma daquelas histórias que a gente não pode deixar passar.
Na empresa, uma dessas pessoas que a gente sempre cumprimenta no corredor, mas não tem tanta intimidade, passou a conversar comigo porque estava junto com outra pessoa com quem tenho mais contato. Em uma ida ao almoço, começamos a conversar amenidades, quando ela me perguntou se eu já era mãe.
-Ainda não. Estou "gestante" mas de um jeito diferente. Seremos pais adotivos.
Tenho o maior orgulho em dizer que serei mãe. Que estamos passando por esse tipo de gestação que não muda o corpo mais transforma totalmente a vida.
Os imensos olhos escuros dela brilharam e fui presenteada com uma linda história de adoção cheia de muito amor, luta e grandes vitórias. Uma história de entrega, de dedicação, de perdão e amadurecimento. E no final dela, um recado que eu tenho certeza, veio de Deus:
-A gente tem necessidade de conhecer a mãe biológica, sabe. Mas amor, amor de verdade, é pela família que te acolheu, cuidou e te ama. A gente só precisa saber de onde realmente veio. Mas a gente ama onde mora.
Onde mora o filho adotivo? No coração da família que o recebeu. Nós não estamos salvando ninguém, estamos amando e sendo amados na medida certa. Nós estamos vivendo um amor que supera os limites de tudo que pode ser explicado. Porque amar de verdade nunca é demais.
 
Olha, eu só queria agradecer. Obrigada mesmo por me dar esse recado mesmo sem saber o que me afligia tanto o coração naquele dia. E obrigada por reafirmar isso esses dias atrás, por me oferecer um sorriso tão sincero sempre que nos encontramos. Conhecer a sua história foi algo fantástico, um presente precioso que enche o coração de imensa alegria.

Obrigado Senhor, pelas mensagens que tem nos enviado!
 
O Abraço - Romero Britto
 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

"O mundo não te mereceu."

Queridas mamães que estão solteiras...

Perdoem o mal jeito, mas foi assim que meu dia começou e pretendo dividir com vocês. Este blog fala de adoção, de amor, de vida. Fala da imensa benção em sermos pais, adotivos ou biológicos. Mas quem consegue estar cem porcento bem vendo até onde o ser humano é capaz de chegar?
Dirijo este post à você, mamãe que no momento está solteira, por um motivo bem claro: pense bem em quem você irá colocar ao lado do seu bem mais precioso.
Somente você e Deus sabem por tudo o que passou para estar com seu filho em seus braços e quanto foi e é difícil carregar toda a responsabilidade muitas vezes sozinha. Sorte daquelas que ainda conseguem contar com a família para ajudar.
Ser feliz é um direito. Se isso inclui viver um amor romântico, vai em frente. Mas antes de colocar seu pequeno anjo na convivência de uma pessoa estranha, pense com carinho: em alguns meses você não conhece ninguém o suficiente para colocar essa pessoa morando dentro de sua casa e cuidando de seu filho. Não são poucos os casos de que temos conhecimento.
Com muito pesar hoje, coloco dois links a disposição e gostaria que vocês, meus grandes amigos, dessem uma atenção especial. Quem publicou isso pelo Facebook foi uma prima minha muito querida e sensível, e me sinto na obrigação de dividir isso com todos vocês.
Antes que eu me esqueça, o padrastro é suspeito, o que quer dizer que não foi declarado culpado pela agressão. Mas uma coisa é certa: alguém agrediu esse pequeno anjo causando sua morte.
Como disse em outro post meu, o ser humano é uma caixa de surpresas. E bem sabemos que nem toda surpresa é boa.
 
"Ela tinha só três anos. Uma menina de três anos não deveria morrer. Só deveria brincar, sorrir, pular, ver desenho animado na tevê comendo chocolate e conversar com suas bonecas ou com seus amigos imaginários utilizando seu dialeto peculiar."
Eduardo Mira (jornalista e editor do ND Joinville)