terça-feira, 16 de junho de 2015

Primeira entrevista.



Mais uma etapa concluída em 11 de junho de 2015. Passamos pela primeira entrevista psicossocial. E eu que achava que era um monstro e que algo ia dar errado (porque eu tenho a tendência de ser pessimista com determinadas situações), acabei tendo junto com meu marido uma das experiências mais interessantes desse processo: conhecer duas profissionais que nos passaram muita confiança e conforto.
A primeira parte da entrevista foi com a psicóloga. Meu marido entrou primeiro e eu entrei em pânico. Claro, paranoia pura, sem razão. E acho que depois de um século que coube em aproximadamente quinze minutos, eu fui chamada. A sala era pequena e delicada. A psicóloga se apresentou e começou a fazer inúmeras perguntas até chegar a mais perturbadora de todas: “Por que você quer adotar?”.
Eu já esperava por isso e tinha elaborado em minha mente mil respostas dignas de tese. Palavras sábias e bem articuladas, colocadas com boa pontuação. Eu ia dar a resposta perfeita quando abri a boca e saiu:
-Porque quero ser mãe.
Como assim? E tudo o que eu tinha ensaiado no último mês? Toda aquela história de ajudar o meu filho a construir um mundo melhor? Que decepção. O que ela vai pensar de mim?
-Ótimo. Era essa a resposta que eu esperava ouvir.
Certo. Naquele momento que esperei tanto e que estava me assustando a melhor saída era ser eu mesma e ser acima de tudo sincera. Não existe outro motivo que me leve a participar do processo de adoção senão o de ser mãe. Eu sei que nasci para isso, porque sinto dentro de mim um amor que não consigo explicar.
Depois, a psicóloga conversou com nós dois juntos. E foi perfeito. Tiramos muitas dúvidas, fomos muito bem orientados e com certeza, saí daquela sala com o coração muito mais leve.
Logo em seguida, fomos para a sala da assistente social. Algumas perguntas iguais, outras diferentes. Reafirmação de algumas orientações, orientações novas. E nada do que li ou pesquisei sobre isso realmente me preparou para aquele momento. A maior segurança era o sorriso que meu marido trazia no rosto.
Foi ótimo. De coração.
Agora, vamos esperar seis meses para uma nova entrevista. Enquanto isso, vamos continuar pesquisando, lendo e começar a participar de um grupo de apoio. Essa é uma orientação muito importante e que vai nos ajudar com experiências de outras famílias que estão passando ou já passaram por todo o processo.
Feliz? Sim. Sempre. E muito.


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